Eduardo Amorim; Eduardo Fernandez. 2020. Miconia speciosa (Melastomataceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição: no estado de Minas Gerais — no município Santa Maria do Salto —, e no estado de São Paulo — nos municípios Anhembi e Bananal.
Árvore com até 8 m de altura (Caddah, 2013), endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020), com distribuição no estado de Minas Gerais, município Santa Maria do Salto, e no estado de São Paulo, municípios Anhembi e Bananal. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Apresenta EOO= 121498km². A espécie poderia ser considerada Em Perigo de extinção pelo critério B2, entretanto EOO supera muito o limiar para categoria de ameaça, possui registros em Unidades de Conservação de Proteção Integral, e ainda não possui especificidade de habitat. Adicionalmente, não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como Menor Preocupação (LC) neste momento, demandando ações de pesquisa (tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível e garantir sua perpetuação na natureza no futuro.
Descrita em: Ann. Sci. Nat., Bot. sér. 3, 16, 243, 1851. É afim de M.octopetala por serem árvores com flores grandes, mais de pentâmeras (incomum no gênero), com estames longos e anteras bilobadas na base e com tricomas dendríticos curtos a longos com braços curtos espalhados na planta, mas difere por apresentar tricomas longos (vs. curtos a médios típicos em M. octopetala). Tricomas longos podem ocorrer na superfície externa do hipanto em M. octopetala, apesar de não serem comuns. Esses tricomas ocorrem sempre na superfície externa do hipanto em M. speciosa, e ocorrem nos ramos jovens, pecíolos, nervuras principais na superfície abaxial das folhas e também na inflorescência (Caddah, 2013).
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | medium |
O município de Anhembi (SP) possui 17,49% (12880ha) do seu território convertido em áreas de culturas agrícolas, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020). O município de Anhembi (SP) possui 14,12% (10400ha) do seu território convertido em áreas de cultivo de cana-de-açúcar, segundo dados de 2018 (IBGE, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1 Ecosystem/community stresses | 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | national | high |
Os municípios Anhembi (SP), Bananal (SP) e Santa Maria do Salto (MG) possuem, respectivamente, 23,23% (17108,4ha), 31,96% (19700,8ha) e 64,88% (28585,2ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2018 (Lapig, 2020). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3.2 Intentional use: large scale (species being assessed is the target) [harvest] | habitat | past,present,future | national | very high |
O Atlas da Mata Atlântica indica que restam 16,2 milhões de hectares de florestas nativas mais preservadas acima de 3 hectares na Mata Atlântica, o equivalente a 12,4% da área original do bioma. O desmatamento da Mata Atlântica entre 2017 e 2018 caiu 9,3% em relação ao período anterior (2016-2017), que por sua vez já tinha sido o menor desmatamento registrado pela série histórica do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora o bioma desde 1985. Além disso, foi verificado aumento do número de estados no nível do desmatamento zero, de 7 para 9, sendo que outros 3 estão bem próximos. Dos 17 estados, nove estão no nível do desmatamento zero, com desflorestamentos abaixo de 100 hectares, ou 1 Km². São eles: Ceará (7 ha), Alagoas (8 ha), Rio Grande do Norte (13 ha), Rio de Janeiro (18 ha), Espírito Santo (19 ha), Paraíba (33 ha), Pernambuco (90 ha), São Paulo (96 ha) e Sergipe (98 ha). Outros três estados estão a caminho desse índice: Mato Grosso do Sul (140 ha), Rio Grande do Sul (171 ha) e Goiás (289 ha). Apesar dos resultados positivos, cinco estados ainda mantém índices inaceitáveis de desmatamento: Minas Gerais (3.379 ha), Paraná (2.049 ha), Piauí (2.100 ha), Bahia (1.985 ha) e Santa Catarina (905 ha). O relatório aponta que no último ano foram destruídos 11.399 hectares (ha), ou 113 Km², de áreas de Mata Atlântica acima de 3 hectares nos 17 estados do bioma. No ano anterior, o desmatamento tinha sido de 12.562 hectares (125 Km²). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3.5 Motivation Unknown/Unrecorded | habitat | past,present,future | regional | very high |
O município de Anhembi com 73656 ha possui 496 ha que representam 0,67% da Mata Atlântica original do município (SOS Mata Atlântica e INPE - Aqui tem Mata, 2019). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | needed |
A espécie ocorre em território que poderá ser contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Itororó - 35 (MG). |
Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Estação Ecológica Bananal e Refúgio Estadual de Vida Silvestre Mata dos Muriquis. |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |